Nasci numa vila pacata de nome Vila Nova de Poiares – Coimbra, num festivo dia de Primavera, claro está, porque nele conheci o mundo.
Da minha infância apenas posso dizer que pouco me lembro, mas concerteza que foi feliz! Da família digo: se tivesse a possibilidade de escolher, humildemente escolheria a minha! O resto, resume-se a amigos traquinas que me puxavam só para a brincadeira.
Mas especialmente, quero falar-vos do meu percurso na música. Graças a uma Banda de Música de gente boa e simples, com relações fortes de amizade despertei um bichinho da música, que estava simplesmente adormecido. Neste despertar tive a ajuda de alguém verdadeiramente especial, que serão sempre recordados, os meus pais.
Quero aqui prestar a minha sincera e agradecida homenagem à Banda Musical de Santo Antonio de Carvalhal Redondo – Nelas, que acolheu-me aos 10 anos de idade, ensinou-me muito do que sei e incutiu-me também o gosto pela música.
Aos 17 anos frequentei uma escola de piano em Viseu, que me amadureceu um pouco mais e levando-me a realizar algumas habilidades nas manhãs dominicais na “Igreja Paroquial de Carvalhal Redondo”.
Foi através de algumas experiências no “Conjunto Inter Som” que tomei contacto com o público libertando-me para fazer, nessa altura, algumas proezas! Esta ligação teve a duração de alguns bons anos. Jamais esquecerei as pessoas ligadas ao projecto deste grupo, tais como: Zé Carlos (viola e vocalista), Gonçalves (controlo de som), Berto (baterista), Luís Guerreiro (viola baixo e vocalista), Luzio (vocalista), Lauro (sáxofonista) e Zé Manel (trompetista). Em 1983 gravamos um trabalho em conjunto, na altura razoavelmente bem aceite pelo público português.
Em 1988 emigrei para a Suiça. Tendo pouco tempo depois ajudado a formar o “Conjunto Musical Atlantis”, como não poderia deixar de ser, este bichinho da música estava dentro de mim e continuava a morder. Quero enaltecer os excelentes músicos que dele faziam parte: Zé Vadino (viola solo), Zé Ferreira (vocalista e viola ritmo), Sérgio (baterista) e Zé Oliveira (viola baixo).
Fácilmente compreendi que com a comunidade portuguesa na Suiça os duos musicais têm as portas abertas e com elas encontrar o sucesso que procuram. A experiência a isso ensina pelo que nasceu o “Duo Atlantis”.
A finalizar espero realizar alguns dos nossos projectos e que o público aprecie a nossa dedicação à música… até breve!!!
Soares da Costa